Título da obra: Os Tenistas


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Aviador
,
1974
,
Roberto Magalhães
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Roberto de Oliveira Magalhães (Rio de Janeiro RJ 1940). Pintor, desenhista gravador. Realiza seu aprendizado artístico com as atividades profissionais iniciadas precocemente: primeiro, na gráfica do tio (desenho de rótulos e propagandas); em seguida, fazendo capas de livros e discos e desenhos publicitários. Freqüenta cursos da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), como aluno livre, em 1961. No decorrer da década de 1960, participa de diversas coletivas, no Brasil e no exterior: 1962, expõe desenhos a nanquim na Galeria Macunaíma, anexa à Enba; em 1964, realiza sua primeira individual de xilogravuras, na Petite Galerie, Rio de Janeiro; e recebe, no ano seguinte, o prêmio de gravura da 4ª Bienal de Paris. Segue para a capital francesa, em 1967, depois de ganhar o prêmio viagem ao exterior no 15º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), em 1966, com a xilogravura Édipo Decifra o Enigma da Esfinge. Em Paris expõe com Antonio Dias (1944) na Galeria Debret, em 1968. Estudos de ocultismo, teosofia e, sobretudo, a aproximação ao budismo a partir de 1969 levam-no a residir por quatro anos no Centro de Meditação da Sociedade Budista do Brasil, quando interrompe a atividade artística. Em 1975, recomeça o trabalho com arte por meio de exposições individuais de desenho e pintura no Rio e em São Paulo, e de aulas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Integra coletivas de gravuras e desenhos, na década de 1980. Em 1992, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), do Rio de Janeiro organiza uma retrospectiva dos 30 anos de produção do artista, a maior dedicada a sua obra.
Mesmo afinado com as novas figurações que vêm a público em mostras como Opinião 65 e Nova Objetividade Brasileira, Roberto Magalhães constrói um percurso próprio, não se ligando a grupos nem a movimentos. O trânsito permanente por diferentes técnicas (lápis de cor, bico-de-pena, aquarela, litografia, xilogravura e pintura a óleo) e um repertório temático particular dificultam sua localização em tendências ou escolas. De qualquer modo, os críticos falam em "experimentos surrealistas", próximos aos de Salvador Dalí, e em afinidades de sua obra com as composições simbólicas de Arcimboldo, com o imaginário infantil de Paul Klee e ainda com as "esculturas moles" de Claes Oldenburg. Magalhães enfatiza sua proximidade com a experiência mística e com o esoterismo, na tentativa de aproximação entre arte, ciência e filosofia. A "arte esotérica", diz ele, além de realizada sob "inspiração verdadeira", acredita na existência de uma afinidade essencial entre formas e cores, visando projetar, por meio de imagens, "verdades eternas".
O realismo fantástico explorado nos anos 1960 como em Barco Voador Conduzindo um Esqueleto, 1962, convive com ampla gama de símbolos e alegorias trabalhados nos anos 1970, sob inspiração de tratados de esoterismo e alquimia, livros de ocultismo e de astrologia - Capricórnio, 1970 e A Pedra Filosofal, 1973. O mergulho existencial efetuado nesse período alarga as pesquisas com a cor e com a forma, consideradas frutos de uma operação alquímica, em Ministro do Inferno, 1975 e Homem Devidamente Pintado, 1976. Nesses trabalhos, já se encontram presentes elementos emblemáticos de sua obra: deformação da figura; antropomorfização da natureza; metamorfoses de todo tipo (montanhas-pássaros, animais fantásticos, narizes que realizam acrobacias, máquinas e construções humanizadas, casas-carros etc.). Tais elementos integram composições marcadas pelo humor - às vezes, negro -, em que o artista associa a exploração da memória infantil e do universo onírico a elementos insólitos retirados do cotidiano e da observação detida das cidades. Central do Brasil, 1983, 10º Planeta, 1986, e Segunda-Feira, 1994, são algumas dessas paisagens inusitadas. Homens-máquinas, seres monstruosos ou simples personagens de historietas infantis são outras de suas criações conhecidas, vistas em Mulher do Futuro, 1975, Gigante Examinando uma Casa, 1988 e Habitante da Lua, 1994. A localização de distintas fases na obra de Magalhães não impede a identificação de um estilo pessoal construído, desde o início, em estreito diálogo com as técnicas e temáticas da ilustração, das histórias em quadrinhos e das caricaturas.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Reprodução fotográfica Julio Hübner
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica João Bosco
Galeria Macunaíma
Fundação Armando Álvares Penteado
Petite Galerie
The Print Club
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Galería René Metras (Barcelona, Espanha)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museum für Angewandte Kunst (Viena, Áustria)
Petite Galerie
Galeria Morada (Belo Horizonte, MG)
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Royal Academy of Arts (RA)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
SILVEIRA, Dôra (Coord.). Espelho da Bienal. Curadoria Ruben Breitman; versão em inglês Jullan Smyth; texto Mário Pedrosa e Paulo Reis; apresentação Italo Campofiorito. Niterói: MAC-Niterói, 1998. [16] p., 11 cartões-postais.
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