Título da obra: Atlas


Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Sem Título
,
1988
,
Daniel Senise
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Daniel Senise Portela (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1955). Pintor e gravador. Em 1980, ingressa como aluno na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), onde, entre 1986 e 1991, leciona no Núcleo de Pintura. Estuda com John Nicholson (1951) e Luiz Aquila (1943), e participa da exposição Como Vai Você Geração 80?. Realiza sua primeira exposição individual na Galeria do Centro Empresarial Rio, em 1984, e, no mesmo ano, integra o Ateliê da Lapa, com Angelo Venosa (1954), Luiz Pizarro (1958) e João Magalhães (1945).
Seu reconhecimento ocorre em 1985, ao ser apresentado, com outros artistas, na Grande Tela da 18ª Bienal Internacional de São Paulo. No ano seguinte, recebe medalha de ouro na 1ª Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel. Em 1997, atua como coordenador das galerias do Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro.
Em 1998, é publicado o livro Daniel Senise: Ela que não Está, pela Cosac & Naify, com textos de Ivo Mesquita, Dawn Ades e Gabriel Pérez-Barreiro, e, em 2002, o livro The Piano Factory, pela Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, com textos de Agnaldo Farias e Alexandre Mello sobre a produção mais recente do artista. Realiza exposições individuais como Daniel Senise (2009), na Estação Pinacoteca, São Paulo, Daniel Senise (2010), Gallery 32, em Londres e Neste Lugar, na Galeria Vermelho (2014), São Paulo
Daniel Senise ingressa, em 1980 na EAV/Parque Lage, onde é aluno de John Nicholson (1951) e Luiz Aquila (1943). Passa a lecionar nessa escola, entre 1986 e 1991. Na década de 1980, freqüenta o ateliê de pintura livre de Luiz Aquila e integra, com Angelo Venosa (1954), Luiz Pizarro (1958) e João Magalhães (1945), o Ateliê da Lapa. Participa, em 1984, da mostra Como Vai Você, Geração 80?, exposição que reúne artistas de várias tendências artísticas do momento, com objetivo de revalorizar a pintura, pesquisando novas técnicas e materiais. Participa, desde então, de importantes exposições nacionais e internacionais. O artista mantém ateliê no Rio de Janeiro e em Nova York.
No início da carreira, Senise produz obras com paisagens povoadas por formas volumosas, que ocupam a quase totalidade da tela. Esses objetos impõem-se como presenças monumentais, mas são vazios de conotações temáticas. Como observa o crítico Fernando Cocchiarale, a pintura de Senise caracteriza-se pela ambigüidade - o artista revela e oculta, ao mesmo tempo, imagens de objetos que se aproximam daqueles cotidianos, mas não podem ser facilmente identificados. A dramaticidade de suas obras iniciais é determinada pela forma como ele articula as imagens com um tratamento volumétrico vigoroso e uma gama cromática soturna, como ocorre em Coração ou em Sax (ambas de 1985).
A partir da metade da década de 1980, a figura não é mais tão determinante em suas telas e o uso da cor diversifica-se. O artista passa a adicionar registros da impressão de elementos extrínsecos a sua obra. Em muitos trabalhos, prepara a tela com pigmentos e a estende, ainda úmida, sobre o piso do ateliê. Ao ser descolada do chão, ela retém na superfície a marca, como uma impressão, das rugosidades do piso, incorporando também resquícios de telas anteriores. O quadro é então retrabalhado.
Senise produz um repertório de imagens que parecem desgastadas pela ação do tempo. A partir de 1989, o artista passa a adotar, entre outros procedimentos, o uso de pregos de ferro, que deixam nas telas as marcas da oxidação. No quadro São Sebastião (1991), a corda crivada de pregos é empregada como símbolo do santo, trespassado de flechas. Em outras obras, emprega tintas prateadas, industriais, porque evocam uma memória distante e a sensação da imagem fotográfica.
A paisagem e a perspectiva são também temas para o artista, em obras como Altivez na Velocidade (1997), um díptico no qual insere objetos de madeira sobre a tela, que comentam a perspectiva da paisagem, inspirada no quadro A Avenida, Middelharnis, do pintor holandês Hobbema (1638-1709).
As pinturas de Senise estabelecem, portanto, uma relação direta com a história da arte, com o universo das imagens e a maneira como este é percebido. Incorporando à tela a rugosidade do piso, objetos de uso cotidiano, pó de ferro, objetos de chumbo ou tecidos como voile, algumas obras apresentam superfícies densamente trabalhadas enquanto outras possuem camadas de tinta quase etéreas. Para a crítica inglesa Dawn Ades, sua pintura pode ser compreendida em termos de equilíbrio e peso, e de presença e ausência de objetos. Suas imagens abrem-se a um vasto campo de experiências e evocações materiais e poéticas.
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução Fotográfica Isla Jay
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Francisco da Costa
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução Fotográfica Isla Jay
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução Fotográfica Eduardo Brandão
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Daniel Senise - Encilopédia Itaú Cultural
Para o carioca Daniel Senise, a pintura é um meio de falar da imagem. Foi por isso que, no início dos anos 1980, o artista decide não utilizar mais a pincelada “de pintor”, transformando o pincel numa ferramenta para formar áreas e “definir coisas”. Em sua concepção, para sobreviver, a pintura ampliou suas possibilidades de definição. “Não vejo problema nenhum em usar o termo pintura, porque subentende muita coisa sobre o que aquilo está tratando”, afirma o artista. “Meu desejo em relação à pintura é produzir uma imagem na qual o olhar do espectador possa ter um devaneio, independente de questões práticas formais”, explica Senise. Suas obras caracterizam-se por superfícies densamente trabalhadas, incorporando à tela a rugosidade do piso, objetos de uso cotidiano, pó de ferro, objetos de chumbo ou tecidos. Em contraponto, realiza também peças que possuem camadas de tinta quase etéreas.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Fundação Casa de Rui Barbosa
Galeria do Centro Empresarial Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Galeria de Arte UFF
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Centro Cultural Candido Mendes (Ipanema, Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
MOA Museum of Art
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Fundação Brasil-Japão (São Paulo, SP)
Subdistrito Comercial de Arte (São Paulo, SP)
Galeria de Arte UFF
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria do Centro Empresarial Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
Itaú Cultural
Fundação Bienal de São Paulo
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