Artigo sobre 5ª Jovem Arte Contemporânea

Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Paulo Portella Filho (Suzano, São Paulo, 1950). Artista plástico, educador, museólogo. Estuda artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP e forma em 1975. Entre 1975 e 1987, implanta e coordena as atividades do Serviço Educativo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde cria cursos de arte para crianças e adultos e o Ateliê no Parque, destinado a freqüentadores do parque da Luz. Nessa instituição, colabora na organização do projeto O Artista e a Criança, criado por Marcello Nitsche (1942). Nas décadas de 1970 e 1980, atua como professor na rede pública estadual e em escolas privadas e dirige o Circo-Escola Grajaú, do Programa Enturmando da Secretaria de Estado do Menor. É um dos responsáveis pela implantação das atividades de ateliê do curso de especialização em arte e educação da ECA/USP. Recebe, em 1982, o prêmio aquisição no 5° Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Arte - Funarte. Coordena, desde 1997, o Serviço Educativo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Integra o conselho de orientação da Pesp. Cria, em 2005, projetos educativos para mostras de Regina Silveira (1939) no Palácio de Cristal, em Madri, e no Museu de Belas Artes de Houston, Estados Unidos.
Em desenhos da década de 1980, Paulo Portella estabelece um trabalho metódico com o grafite que, sobrepondo-se ao suporte, parece incorporá-lo em um todo coeso. O artista deixa emergir elementos lineares e figuras, que parecem relutantes em assumir sua oposição em relação ao plano de fundo. Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, essas formas, por emergirem da superfície trabalhada, funcionam ora como figura, ora como plano de fundo, dependendo do olhar do observador. O caráter pictórico fundamental desses desenhos está no fato de o artista trabalhar por camadas, que ele vai, aos poucos, sobrepondo no suporte branco do papel. Após tornar o suporte denso, passa a retirar delicadamente as camadas mais recentes, até expor a superfície ou uma das primeiras camadas de cor lá depositadas.
Na opinião do crítico Rodrigo Naves, o artista constrói um novo suporte paradoxalmente utilizando o mesmo material que serviria, em princípio, para deixar suas marcas sobre o papel. As tênues linhas brancas que dividem as superfícies escuras não são traçadas, resultam da simples interrupção das áreas negras. Como aponta ainda Naves, a acumulação dos traços de crayon ou grafite pesa sobre as linhas que demonstram a pressão sofrida na irregularidade de seu percurso. A leveza desses veios incertos, entretanto, realça a individualidade dos traços, evitando que sua soma se transforme em peso.
Paulo Portella Filho tem ainda relevante atuação como professor e arte-educador, em uma trajetória de mais de 25 anos, e atualmente desenvolve atividades no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, tendo trabalhado anteriormente, entre outras instituições, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
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