Título da obra: As Três Árvores


Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
[Sem Título]
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1998
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Odilla Mestriner
Biografia
Odilla Mestriner (Ribeirão Preto SP 1928 - idem 2009). Desenhista e pintora. Entre 1955 e 1956, estuda na Escola Municipal de Belas Artes de Ribeirão Preto, onde é aluna de Domenico Lazzarini (1920 - 1987). Nessa época monta seu ateliê e apresenta seus trabalhos na Exposição do Centenário de Ribeirão Preto, em 1956. As principais características de sua produção definem-se nesse momento: o interesse pelo desenho, com suas linhas e texturas, e a temática urbana. Realiza sua primeira individual na Picolla Galeria do Instituto Italiano de Cultura, no Rio de Janeiro, em 1959. A artista emprega várias técnicas, como pintura em acrílica, desenho, aquarela e nanquim. Ao longo de sua trajetória artística, Mestriner permanece vinculada à sua cidade natal. Recebe, entre outros, o Prêmio Melhor Desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1973. Participa de todas as edições da Bienal Internacional de São Paulo, entre 1959 e 1969, recebendo nesse ano o prêmio aquisição Itamaraty. Em 1987, é publicado livro de Jacob Klintowitz sobre sua produção, pela editora Raízes. São realizadas as retrospectivas Odilla Mestriner: releitura gráfica 1958/1978, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP, em 1983; e a Retrospectiva no Museu de Arte de Ribeirão Preto, juntamente com a publicação do catálogo Odilla Mestriner e a arte em Ribeirão Preto, com texto do historiador da arte Tadeu Chiarelli, em 1994.
Comentário crítico
A obra de Odilla Mestriner apresenta um grafismo cuidadoso e jogos de simetria e reflexão de imagens e módulos. Em algumas telas é freqüente a presença de rostos, organizados em formas convexas ou côncavas, sucessivamente repetidas.
Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, Odilla Mestriner associa duas tendências preponderantes, a tentativa de expressar sentimentos e a opção pelo traço e pelo desenho, em contraposição à cor. Em seus primeiros trabalhos, a partir do fim da década de 1950, ela retira os temas do ambiente que a cerca e que se revela também opressor: a casa, com seus muros, janelas e portas, e a cidade, trabalhada de forma geométrica, como uma sucessão de ruas ou quarteirões.
A artista produz traços rigorosos, incisivos, apresentando espaços rigidamente construídos por ortogonais. Quando utiliza a figura humana, a decompõe e reelabora construtivamente, utilizando-a como elemento formal. Recursos como a simetria e o ritmo geométrico em suas composições enfatizam os aspectos expressivos de seu trabalho. Em sua obra, se destaca a permanência de temas e recursos formais, além do apelo subjetivo e emocional.
Posteriormente, a artista passa a enfatizar mais a cor, em lugar do desenho rigoroso, e o nanquim dá lugar às técnicas de litografia e aquarela. Em produção recente, apresenta obras em acrílica sobre tela nas quais emprega uma gama cromática mais ampla e luminosa em relação a seus trabalhos anteriores, mantendo um diálogo com a produção de artistas como Antonio Henrique Amaral (1935) e Lasar Segall (1891-1957), como em Homenagem à Segall, Série Bananal V (1999).
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Prestes Maia
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Prestes Maia
Fundação Armando Álvares Penteado
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
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