Título da obra: Resta Pensar em Seu Vagar e Seu Encontro: o Amor de Anita


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título
,
1996
,
Karin Lambrecht
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural
Karin Marilin Haessler Lambrecht (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1957). Pintora, desenhista, gravadora e escultora. Inicia seus estudos no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, entre 1973 e 1976. Como aluna de Danúbio Gonçalves (1925), estuda litografia entre 1977 e 1978. Gradua-se em desenho e gravura pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), em 1979.
Nesse ano, realiza sua primeira individual, no Espaço 542. No início da década de 1980, faz curso de pintura com Raimund Girke (1930 - 2002), na Hochschule der Künste, em Berlim. Em 1986, realiza mostra individual na Galeria Tina Presser, em Porto Alegre. Recebe, em 1988, o Prêmio Ivan Serpa, da Funarte.
Em sua produção dos anos 1980, emprega detritos industriais, dialogando com a arte povera e o expressionismo. Nesse período, dedica-se ainda à pintura, em busca de novas possibilidades formais, elimina chassis e costura pedaços de tela. Na década de 1990, começa a agregar materiais orgânicos, como grãos de terra e sangue, à superfície das telas.
No início de sua trajetória artística, Karin Lambrecht realiza trabalhos constituídos principalmente por resíduos industriais, em que revela o diálogo com a arte povera e com o expressionismo. Em meados da década de 1980, produz obras compostas por imensos planos recortados e suspensos. A artista reorganiza o chassi em arranjos mais espontâneos, como nota o historiador da arte Agnaldo Farias, e aproxima, assim, suas obras a certas construções toscas, como estandartes e barracas. As pinturas são feitas sobre tecidos queimados e rasgados. Em outros trabalhos, passa a agregar materiais inusitados, como sucata, fragmentos de chapas de metal ou ripas de madeira. Sua obra mantém afinidade, pelo uso de materiais industriais, com os trabalhos de Robert Rauschenberg (1925-2008) e, principalmente, de Joseph Beuys (1921-1986).
A artista, que trabalha predominante com tons de azul, passa a explorar os vermelhos, ocres e amarelos, por meio de pigmentos naturais, que variam desde finas camadas de terra, ao carvão ou ao sangue de animais abatidos. Por vezes, expõe as obras à ação da natureza, como o sol, vento ou chuva, que as modifica e faz com que elementos novos, como folhas de árvores, fragmentos de cascas ou pegadas de animais, sejam agregados à elas.
Para a crítica de arte Ligia Canongia, a idéia do sacrifício, da transitoriedade da vida e da religião está presente na obra de Lambrecht por meio dos materiais com que são compostas as peças, pelo recorrente uso de sinais, como o da cruz, e de palavras que aludem à fragmentação e dissecação dos corpos.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Teatro Guaíra
Espaço 542
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Galeria Tina Zappoli (Porto Alegre, RS)
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Galeria Tina Zappoli (Porto Alegre, RS)
Espaço Capital Arte Contemporânea
Petrus Kirche
Fundação Bienal de São Paulo
Documenta Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Thomas Cohn Arte Contemporânea
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Espaço Capital Arte Contemporânea
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: