Título da obra: Menina Dormindo


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Lago e Folhas
,
1985
,
Gil Vicente
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Gil Vicente Vasconcelos de Oliveira (Recife, Pernambuco, 1958). Pintor, desenhista, gravador, fotógrafo e escultor. Inicia os estudos na Escolinha de Artes do Recife em 1972 e, a partir de 1974, frequenta os ateliês da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe). Em 1975, recebe prêmio do Salão dos Novos do Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pernambuco. Dedica-se às artes plásticas depois de terminar o ensino médio. Em 1978, faz a primeira individual, Pinturas, Desenhos e Gravuras, na Galeria Abelardo Rodrigues, Recife. Nesse ano, participa da fundação da Oficina Guaianases de Gravura. Ganha uma bolsa do governo francês e estuda em Paris, de 1980 a 1981. Em 1984, expõe no 15º Panorama da Arte Atual Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 1989, em Recife, participa do Ateliê Coletivo, onde faz xilogravuras sob orientação de Gilvan Samico (1928-2013). O documentário Gil Vicente – Ofício e Silêncio é lançado juntamente com a exposição Figuras/Pinturas, em 1996, na Galeria Futuro 25, Recife. Desde então, suas individuais circulam por várias cidades do Brasil. Em 2001, participa da 3ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em Porto Alegre e, no ano seguinte, da 25ª Bienal Internacional de São Paulo.
A obra de Gil Vicente atém-se a materiais como papel, lápis, carvão, nanquim, guache, óleo e tela e a técnicas tradicionais como gravura, foto ou escultura. Não busca inovar ou misturar materiais e suportes, apesar de reconhecer que na arte contemporânea é possível trabalhar com qualquer coisa1. À simplicidade de meios corresponde a tentativa de diminuir ao máximo o estilo pessoal, que associa a maneirismo2. Na exposição Sessenta Cabeças e Outros Desenhos (1997), utiliza nanquim e carvão sobre papel branco, o que permite jogo de contrastes. Nos desenhos, o fundo preto instaura uma profunda solidão que envolve as figuras. Nas cabeças, ressalta traços angustiados, que desfiguram os rostos, nos quais sempre falta alguma coisa. Na mostra Guaches Recentes (2002), trabalha a cor e a consistência da tinta. Aproveita sobreposições com pinceladas largas e rápidas e explora amplas áreas de cor, embora adote tons contidos. A temática permanece próxima: corpos e objetos que remetem à solidão humana. Na Suíte Safada (2005), o artista cobre de nanquim páginas de livros, desenha sobre elas conteúdo erótico e deixa descobertas palavras que revelam o erotismo oculto nesses veios.
O respeito às características do material é uma faceta do rigor do artista. Melancólico3, segundo diz, não deixa de expressar politicamente suas opiniões. Um exemplo é a série Inimigos (2007), em que se retrata matando líderes políticos como o ex-presidente do Brasil Luis Inácio Lula da Silva (1945), o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush (1946), o papa Bento XVI (1927) e a rainha do Reino Unido Elizabeth II (1926).
1 VICENTE, Gil. Entrevista com Mário Hélio. Revista Continente Multicultural, Recife, jan. 2001. Disponível em: < http://www.gilvicente.com.br/percurso/percurso_continente.html >. Acesso em: 23 jun. 2009.
2 Idem.
3 Idem.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Gil Vicente - Enciclopédia Itaú Cultural
Gil Vicente realiza um trabalho metódico, no qual o desenho recebe de 15 a 20 camadas de aguadas até atingir tonalidades bem escuras, a partir do uso de um material que se assemelha à lama. “Tem áreas enormes de preto, de sombras. Isso traz muita dramaticidade para o desenho”, explica o artista. A opção, segundo ele, reflete características autobiográficas, suas partes “escurecidas”. “Sou muito atormentado”, conta. “Posso até ter uma aparência divertida, mas tenho uma vida interior muito tumultuada. Tudo para mim é uma dificuldade muito grande.” Dessa maneira, algumas de suas criações refletem passagens de vida melancólicas. “Meu interesse sempre está dentro do desenho e da pintura. Ou seja, as possibilidades da representação no plano. Nunca fiz nada tridimensional”, afirma. Para o artista, na arte contemporânea, o importante não é o uso do suporte ou da técnica, mas sim o conteúdo apresentado.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Abelardo Rodrigues Galeria de Artes
Galeria Corredor (Olinda, PE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Abelardo Rodrigues Galeria de Artes
Centro de Criatividade (Curitiba, PR)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Galeria Gravura Brasileira (Rio de Janeiro, RJ)
Artespaço Galeria de Arte (Recife, PE)
Centro de Criatividade (Curitiba, PR)
Centro Cultural Candido Mendes (Ipanema, Rio de Janeiro, RJ)
Teatro Guaíra
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Teatro Guaíra
Galeria Lula Cardoso Ayres (Recife, PE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Parque Ferial Juan Carlos I
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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