Título da obra: Comungantes


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Volta do Trabalho
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s.d.
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Carlos Chambelland
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Biografia
Carlos Chambelland (Rio de Janeiro, RJ, 1884 - idem 1950). Pintor, decorador, professor de pintura e desenho. Frequenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1901 e 1907, e estuda com Henrique Bernardelli (1858-1936), Zeferino da Costa (1840-1915) e Rodolfo Amoedo (1857-1941). Em 1908, com o prêmio de viagem ao exterior, muda-se para Paris, onde conhece a obra do pintor Pierre Puvis de Chavannes (1824-1898). De volta ao Brasil, em meados de 1910, cursa gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. No ano seguinte, é incumbido pelo governo brasileiro da decoração do Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Turim, na Itália, com Rodolfo Chambelland (1879-1967), João Timótheo da Costa (1879-1930) e Arthur Timótheo da Costa (1882-1922), entre outros. Em 1912, viaja para Pernambuco, onde realiza trabalhos de decoração. Nesse período, estuda os aspectos e costumes locais, que servem de tema para a produção de várias pinturas. Faz a decoração do Pavilhão de Festas da Exposição do Primeiro Centenário da Independência do Brasil, em 1922, no Rio de Janeiro. Na década de 1930, ilustra o livro do escritor e historiador Luiz Edmundo (1878-1961), O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis. É professor da Enba de 1946 a 1950.
Comentário Crítico
Chambelland é considerado um hábil retratista, em cujas obras ressalta-se a vivacidade e expressividade dada às figuras, como nos retratos deMme Ruth Silveira (s.d.) ou de Arthur Timóteo da Costa(s.d.). O artista realiza ainda diversos auto-retratos e dedica-se também à pintura do nu feminino, que se destaca pelo tratamento sensual e pelo uso da luminosidade, de maneira a acentuar as formas, como em Nu(1927) e Repouso do Modelo (s.d.).
Em 1907, obtém o prêmio de viagem ao exterior da 14ª Exposição Geral de Belas Artes, com a tela Final de Jogo, 1907 representando uma violenta briga de personagens populares em um bar.
Retorna ao Brasil em 1912 e viaja para Pernambuco, onde permanece por três anos, incumbido da execução de alguns trabalhos de decoração. Dedica-se ainda a estudar os aspectos e costumes locais, que servem de tema para a realização de uma série de pinturas como Volta do eito (s.d.), Velho Bangüê (s.d), Tipo de Beleza do Sertão (s.d) ou Descanso (s.d.). O nordeste do país, segundo o próprio artista, despertado seu interesse por manter intacta a cultura tipicamente regional, diferenciando-se assim do cosmopolitismo que caracteriza as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Palácio das Arcadas (São Paulo, SP)
Nicholas Roerich Museum
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
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