Título da obra: Forma Vegetal


Sem Título
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1986
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Mario Cravo Júnior
Mario Cravo Júnior (Salvador, Bahia, 1923 - Idem, 2018). Escultor, gravador, desenhista, professor. Filho de um próspero fazendeiro e comerciante, executa suas primeiras esculturas entre 1938 e 1943, período em que viaja pelo interior da Bahia. Em 1945, trabalha com o santeiro Pedro Ferreira, em Salvador, e muda-se para o Rio de Janeiro, estagia no ateliê do escultor Humberto Cozzo (1900-1973). Realiza sua primeira exposição individual em 1947, em Salvador. Nesse ano, é aceito como aluno especial do escultor iugoslavo Ivan Mestrovic (1883-1962) na Syracuse University, no Estado de Nova York, Estados Unidos, e, após a conclusão do curso, muda-se para a cidade de Nova York. De volta a Salvador, em 1949, instala ateliê no largo da Barra, que logo se torna ponto de encontro de artistas como Carlos Bastos (1925-2004), Genaro (1926-1971) e Carybé (1911-1997). Em 1954, passa a lecionar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Entre 1964 e 1965, mora em Berlim, patrocinado pela Fundação Ford. Retorna ao Brasil em 1966, ano em que obtém o título de doutor em belas artes pela UFBA e assume o cargo de diretor do Museu de Arte da Moderna da Bahia (MAM/BA), posição que ocupa até 1967. Em 1981 coordena a implantação do curso de especialização em gravura e escultura da Escola de Belas Artes da UFBA. Em 1994, doa várias obras para o Estado da Bahia, que passam a compor o acervo do Espaço Cravo, localizado no Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador.
A obra de Mario Cravo Júnior transita entre as mais diversas tradições artísticas, que incluem cerâmica, imaginária popular, ex-votos e manifestações culturais regionais com as quais entra em contato nas inúmeras viagens que realiza, ainda muito jovem, pelo interior do Nordeste.
Na década de 1940, o artista, além do desenho e da pintura, dedica-se à escultura, tendo como materiais principais a madeira, as pedras e os metais, e volta-se ao aproveitamento das formas naturais. O uso do ferro e a temática inspirada em mitos afro-brasileiros intensificam-se durante a década de 1960, gerando a série Alados.
Sua obra incorpora bases arcaicas ligadas ao universo popular baiano, apresentando também um refinamento tecnológico. A simplificação formal dessas peças, nas quais o artista busca formas puras, despojadas e relacionadas ao mundo orgânico e natural, faz com que seus trabalhos apresentem afinidades com obras de Barbara Hepworth (1903-1975) e Henry Moore (1898-1986).
Associação Cultural Brasil Estados Unidos (ACBEU)
Edifício Oceania (Salvador, BA)
Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (Salvador, BA)
Edifício Sulacap (Salvador, BA)
Norlist Gallery (Nova York, Estados Unidos)
Hotel Bahia (Salvador, BA)
Galeria Belvedere da Sé (Salvador, BA)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Ministério da Educação e Saúde (MES)
Galeria Oxumaré
Galeria Belvedere da Sé (Salvador, BA)
Esplanada do Trianon
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Galeria Prestes Maia
Teatro de Santa Isabel
Pavilhão dos Estados
Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (Porto Alegre, RS)
Fundação Bienal de São Paulo
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