Título da obra: O Cabeleira


Reprodução Fotográfica Horst Merkel
O Cabeleira
,
1876
,
Franklin Távora
Reprodução Fotográfica Horst Merkel
Biografia
Franklin Távora (Baturité CE 1842 - Rio de Janeiro RJ 1888). Romancista, jornalista, teatrólogo, advogado e político. Faz seus primeiros estudos em Fortaleza e depois, em 1854, transfere-se com a família para Pernambuco. Ingressa na Faculdade de Direito do Recife em 1859 e bacharela-se em 1863. Publica seu primeiro livro, A Trindade Maldita, uma coleção de contos, em 1861. Com a morte do pai, formado e precisando de trabalho, emprega-se como revisor no Jornal do Recife, mas é mal remunerado. Mais tarde é nomeado diretor-geral da instrução primária, graças ao conselheiro Francisco de Paula da Silveira Lobo (1826 - 1886), que aprecia sua inteligência e seu talento. Elege-se deputado estadual em Pernambuco. Entre 1869 e 1870 escreve para o jornal A Consciência Livre, funda a Verdade, semanário do Recife que defende a maçonaria, e faz parte de sua redação de 1872 a 1873. Nesse período, com o pseudônimo Semprônio, escreve artigos em forma de carta atacando o escritor José de Alencar (1829 - 1877), especialmente pelos romances Iracema e O Gaúcho. É considerado um precursor do estilo realista, embora ainda escreva de modo grandiloqüente, e é também um dos primeiros escritores regionalistas. Pratica a advocacia, mas abandona-a para ser secretário de governo da província do Pará. Logo depois, vai para o Rio de Janeiro para integrar a Secretaria do Império, chegando a oficial de gabinete. Muito ativo durante sua vida no Rio de Janeiro, funda e dirige a Revista Brasileira, de 1879 a 1881. Sua narrativa O Cabeleira, passada em Pernambuco do século XVIII, faz sucesso ao ser lançada em 1876. É um dos fundadores da Associação dos Homens de Letras, em 1883. Colabora em diversos jornais do Recife e Rio de Janeiro: Diário de Pernambuco, Jornal do Recife, Situação Liberal, O Globo, Mefistófeles, Ilustração Brasileira, Revista Brasileira. Pobre no fim da vida, tem de vender grande parte de sua biblioteca. Após sua morte, que ocorre em 1888, é escolhido, pelo jurista e historiador Clóvis Bevilácqua (1859 - 1944), para ser o patrono da cadeira número 14 da Academia Brasileira de Letras - ABL, em sua fundação.
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