Artigo sobre A Rosa Tatuada

Teatro Glória
Pretextato Taborda Junior (Curitiba, Paraná, 1960). Músico. Ligado à música contemporânea, Tato Taborda leva ao palco carioca experiências sonoras com objetos de cena, além de composições originais e arranjos para musicais.
Tendo como principais mestres a pianista Esther Scliar (1926-1978) e o músico Hans Joachim Koellreutter (1915-2005), Tato Taborda acompanha durante mais de dez anos os Cursos Latino-Americanos de Música Contemporânea, escola itinerante que percorre diversos países. Em 1998, conclui o mestrado em música brasileira pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio).
Sua primeira direção musical é em A Rosa Tatuada (1985), de Tennessee Williams (1911-1983), com direção de Luiz Carlos Ripper (1943-1996). Já nos anos 1990, compõe para O Bumba Meu Boi Modernista (1992), de Sebastião Milaré (1945-2014), e para Piquenique no Front (1993), de Fernando Arrabal (1932), ambos direção de Gilberto Gawronski (1962). Em parceria com Tim Rescala (1961) realiza Turandot ou O Congresso dos Intelectuais (1993), de Bertolt Brecht (1898-1956), encenação de Aderbal Freire-Filho (1941), e também O Mercador de Veneza, de William Shakespeare (1564-1616), com direção de Amir Haddad (1937). Em 1994, novamente direção de Aderbal, transforma o coro de vizinhos de Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues (1912-1980), em uma banda que extrai ritmo e melodia de objetos de uso cotidiano, como pentes e grampos. Ainda em 1994, assina a música de Sermão da Quarta-Feira de Cinzas, de Padre Antônio Vieira (1608-1697), espetáculo que destaca o ator Pedro Paulo Rangel (1948), e, em 1995, De Lima Barreto ao Terceiro Dia, de Luís Alberto de Abreu (1952), em que, segundo o crítico Macksen Luiz (1945), "a música de Tato Taborda, interpretada por um personagem, tem a dissonância que pontua a desagregação".1 Compõe as canções e assina os arranjos do musical No Verão de 1996..., texto e direção de Aderbal Freire-Filho. Em 1996, trabalha uma série de espetáculos, recebendo o Prêmio Mambembe pelo conjunto de trabalhos - entre eles, Tristão e Isolda, de Filipe Miguez, com a Companhia dos Atores, que merece do crítico do Jornal do Brasil o comentário: "A música de Tato Taborda cumpre mais do que a função de contraponto das cenas, se constituindo em sonoridade integrada à própria linguagem do espetáculo".2 Seguem-se O Carteiro e o Poeta, de Antônio Skármeta, direção de Aderbal Freire-Filho; Don Juan, de Molière (1622-1673) assinado por Moacir Chaves (1965), e Tuhu, o Menino Villa Lobos, de Karen Acioly (1960), em 1997, Nijinski - Divino Bufão (1999), de Doc Comparato, e O Avarento, de Molière, novamente direção de Amir Haddad, 2000.
Em 2001, Tato Taborda usa em A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Bertolt Brecht, "o homem-banda", uma criação desenvolvida em 1993 que consiste em uma estrutura de 60 instrumentos acústicos e eletrônicos - do violão a panelas - manipulada por um músico, que usa para isso a boca, a cabeça, as mãos e os pés. Ainda em 2001, a música original de O Homem que Viu o Disco Voador, de Flávio Márcio (1945-1979), "contribui decisivamente para essa atmosfera de melancólica rotina e absurda evasão"3, segundo o crítico Macksen Luiz, que no mesmo ano observa que as composições de Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen (1828-1906), são decisivas para a pontuação dos tempos e passagens dramáticas do espetáculo.4 No mesmo ano, Tato Taborda assina ainda Viver!, coletânea de Machado de Assis (1839-1908), direção de Moacir Chaves.
1. LUIZ, Macksen. Inventário do atormentado. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 25 mar. 1995.
2. LUIZ, Macksen. Narrativa abafa conteúdo afetivo da trama. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 nov. 1996.
3. LUIZ, Macksen. O hiper-realismo do cotidiano. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 ago. 2001.
4. LUIZ, Macksen. Casa de boneca redecorada. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 22 out. 2001.
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Teatro Glaucio Gill
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