Título da obra: Arco


Registro fotográfico Ricardo Schmitt
Arco
,
1998
,
Rosana Paste
Registro fotográfico Ricardo Schmitt
Rosana Lúcia Paste (Venda Nova do Imigrante, Espírito Santo, 1967). Performer, escultora, fotógrafa, videomaker. Muda-se para a Vitória em 1986. Seis anos depois, forma-se em artes plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Participa de cursos com Rodrigo Naves, Lygia Canongia, Ricardo Basbaum (1961) e José Resende (1945), no Festival de Verão, em Nova Almeida, Espírito Santo, de 1990 a 1998. Freqüenta diversos cursos livres de artes plásticas, vídeo e cinema entre 1995 e 2003, em Vitória, São Paulo e Ouro Preto. Atua na UFES como professora auxiliar de escultura e vídeo, desde 1994. Também desempenha cargos administrativos nesta mesma universidade, na qual é secretária da cultura, diretora da editora EDUFES e diretora da Galeria Espaço Universitário. Em 1997, foi ganhadora do prêmio de melhor ficção da mostra Vitória Cine Vídeo. No ano seguinte, recebeu o prêmio de melhor vídeo experimental pela mesma mostra.
Na primeira metade da década de 1990, Rosana Paste produz obras em chumbo, como Sétimo Selo e a série Flores de Chumbo. Em alguns desses trabalhos, a artista usa também outras materiais como a parafina e o ferro, conjugando-os ao chumbo fundido ou simplesmente cunhado. Os volumes tendem a uma organização regular e é evidente seu interesse pelas formas geométricas.
Na segunda metade da mesma década, Paste adota outros metais, como ferro, alumínio e inox para a confecção de suas peças. Em relação aos trabalhos anteriores, existe uma continuidade quanto ao tipo de material utilizado, porém a investigação da artista toma outro rumo. O metal assume formas mais controladas: delgadas, escovadas, lisas, convidando o olhar a deslizar com facilidade sobre sua superfície. Estas peças surgem de dentro da parede ou do teto do espaço expositivo, remetendo a um espaço que está além do espaço percebido, sugerindo que seu início encontra-se num outro lugar, talvez inacessível. Tal conjunto de peças parece questionar as margens do espaço, como um desenho que extrapola as bordas do papel ou um ator que inicia sua ação ainda da coxia, antes de entrar em cena.
Em trabalhos do início dos anos 2000, Paste vale-se de esferas de vidro soprado e peles de coelho. Postos em contato com o metal torneado, estes dois materiais apresentam efeitos distintos. O vidro prolonga o aspecto liso, frio e controlado do metal. Já a pele de coelho produz contraste por sua alusão ao calor, ao reino animal e pela irregularidade de sua forma. Desse modo, a artista incute em suas peças um apelo tátil tão vigoroso quanto o visual.
Registro fotográfico Ricardo Schmitt
Galeria Homero Massena - GHM
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Galeria Vicente do Rego Monteiro (Recife, PE)
Itaú Cultural
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Galeria Baró Senna (São Paulo, SP)
Universidade Federal do Espírito Santo. Galeria de Arte e Pesquisa
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