Título da obra: Sem Título


Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Sem Título
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1974
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Edith Behring
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Edith Behring (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1916 - Idem, 1996). Gravadora, pintora, desenhista, professora. Inicia sua formação estudando desenho e pintura com Candido Portinari (1903-1962). Pela antiga Universidade do Distrito Federal, obtém licenciatura em educação artística. Entre os anos de 1944 e 1950, reside em Belo Horizonte, onde ensina desenho na Escola Guignard. De volta ao Rio de Janeiro, aprende xilogravura e desenho em guache com Axl Leskoschek (1889-1975) e gravura em metal com Carlos Oswald (1882-1971), na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em 1953, é contemplada com uma bolsa de estudo de pintura do governo francês. Em Paris, encontra Milton Dacosta (1915-1988) e Maria Leontina (1917-1984), que lhe indicam o ateliê de Johnny Friedlaender (1912 - 1992). Abandona, então, a idéia de estudar pintura e ingressa no curso de gravura em metal. Nesse período, começa a trabalhar com Flavio-Shiró (1928), João Luís Chaves (1924) e Mário Carneiro. Em 1955, realiza sua primeira exposição individual, na Galerie Saint Placide, em Paris. Ao voltar ao Brasil, em 1957, é convidada a lecionar no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (IBA), atual Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage).
Em 1959, organiza o Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde trabalha com Anna Letycia (1929) e Rossini Perez (1932) e permanece por dez anos. Em 1963 é premiada na Bienal Americana de Gravura de Santiago. Participa das Bienais Internacionais de São Paulo, de 1957 a 1967. Em 1980, recebe o prêmio melhor exposição individual da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Em 1983, a Galeria Banerj realiza uma retrospectiva de suas obras.
No início dos anos 1950, Edith Behring desenvolve algumas xilogravuras de topo de temática social. Da xilogravura passa à gravura em metal. A figuração presente em suas estampas iniciais logo dá lugar a composições mais abstratas. Suas gravuras começam a retirar da linha, do plano, da cor, da luz e das características dos materiais trabalhados elementos que vão do mais extremo rigor das formas ao mais envolvente clima poético.
Com o mesmo título de Composição Abstrata, entre 1950 e 1990, a artista produz estampas principalmente em água-tinta e água-forte que, muitas vezes, são trabalhadas em duas impressões, produzindo acréscimos de linhas e de cores que dão movimento à imagem.
Para a artista e professora, o aprendizado técnico e seu aperfeiçoamento são fundamentais. É exatamente esse domínio preciso que lhe permite inovar. Em alguns trabalhos da década de 1970, por exemplo, recusa a utilização do ácido para tentar novos resultados por meio da areia e da araldite.
Alheia ao engajamento sociopolítico que marca os Clubes de Gravura disseminados, nas décadas de 1940 e 1950, no Brasil, Edith Behring busca desenvolver uma poética abstrata, contra uma representação ou transposição fiel da realidade. Traz para seus trabalhos um fazer artístico pautado, na subjetividade.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Royal Academy of Arts (RA)
Norwich Castle and Museum
Scottish National Gallery
Kelvingrove Art Gallery and Museum
Victoria Art Gallery
Bristol City Museum & Art Gallery
Manchester Art Gallery
Musée Rath (Genebra, Suíça)
Kunstmuseum (Berna, Suiça)
Galerie Saint Placide (Paris, França)
Galerie Maurice Bridel et Nane Cailler (Lausanne, Suíça)
Galerie la Roue ( Paris, França)
Moderna Galerija Ljubljana (Liubliana, Eslovênia)
Petite Galerie
Fundação Bienal de São Paulo
Museo del Palacio de Bellas Artes
Galeria Ambiente (São Paulo, SP)
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