Título da obra: Baía da Guanabara


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Paisagem do Rio
,
1931
,
Reis Júnior
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
José Maria dos Reis Júnior (Uberaba MG 1903 - Rio de Janeiro RJ 1985). Crítico de arte, historiador, escritor, pintor, vitralista, professor, jornalista. Ingressa na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), em 1920, onde estuda desenho com Modesto Brocos (1852 - 1936) e pintura com Rodolfo Amoedo (1857 - 1941). Três anos depois, desliga-se da Enba e realiza sua primeira exposição individual, no Palace Hotel, no Rio de Janeiro. Expõe, entre outras, a obra A Retirada da Laguna, ca.1922, encomendada para a Câmara Municipal de Uberaba. Faz os painéis e cartões para vitrais do teatro do Parque Balneário, em Santos, São Paulo, em 1923. No ano seguinte, aproxima-se dos intelectuais e artistas ligados à Semana de Arte Moderna. Integra, como crítico, a Comissão Nacional de Belas Artes, entre 1925 e 1935, e leciona desenho na Escola Normal de Uberaba, em 1928. Como bolsista do governo de Minas Gerais, viaja para Paris em 1932, e conhece os pintores Suzanne Valadon (1865 - 1938), Albert Marquet (1875 - 1947) e André Dunoyer de Segonzac (1884 - 1974). Retorna ao Brasil em 1935, e se dedica cada vez mais à atividade de crítica e história da arte. Publica o livro História da Pintura no Brasil, em 1944; e, no Rio de Janeiro, atua como professor no Instituto de Belas Artes, em 1945 e nas Faculdades Integradas Bennet de 1975 a 1981. Como crítico se destaca pela publicação dos livros Goeldi, em 1966, e Belmiro de Almeida 1858-1935, em 1984, editados pela Civilização Brasileira e pela Pinakotheke, respectivamente.
O pintor, crítico e historiador da arte Reis Júnior ingressa em 1920 na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde é aluno de Modesto Brocos (1852 - 1936). Como nota o historiador da arte José Roberto Teixeira Leite, o artista, desde seu desligamento da Enba, em 1923, procura seguir um caminho próprio. Nesse período, realiza o painel histórico Retirada da Laguna, encomendado pela Câmara Municipal de Uberaba.
Em suas paisagens, exclui o descritivismo acadêmico, apresenta interpretações da natureza que tendem à simplificação formal e ao uso de cores contrastantes, como em Baía da Guanabara, s.d. Nos retratos, revela também grande liberdade formal e cromática, como em Retrato de Piolim, 1927. Para Teixeira Leite, a produção do artista merece um reexame crítico, que ressalte o valor de suas obras para o modernismo no brasileiro e o papel que teve na difusão de novas tendências artísticas.
Reis Júnior é mais conhecido como crítico e historiador da arte. Parte para Paris em 1932 e, dois anos mais tarde, de volta ao Brasil, passa a dedicar-se ao estudo sobre as artes no país. Em 1944, publica a História da Pintura no Brasil, obra em que reúne amplo material informativo e fontes de pesquisa, desde o período colonial até a década de 1940, apresentando dados biográficos dos artistas e comentários acerca das principais obras. Em 1966, publica outro importante livro sobre a trajetória de Oswaldo Goeldi (1895 - 1961), artista com quem convive por muitos anos. Em 1984, pouco antes de falecer, lança uma publicação sobre Belmiro de Almeida (1858 - 1935), em que apresenta uma criteriosa análise da produção do artista, resgatando o caráter moderno de sua pintura.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Museu Lasar Segall
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Studio José Duarte de Aguiar
Fundação Cultural de Uberaba (MG)
Paço Imperial
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Caixa Cultural (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
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