Título da obra: Velhice Tranquila


Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Mulher com Birote
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s.d.
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Enrico Vio
Reprodução fotográfica Autoria desconhecida
Biografia
Enrico Vio (Veneza, Itália 1874 - São Paulo SP 1960). Pintor, professor. Em 1909, estuda no Reggio Istituto di Belle Arti, em Veneza. É aluno de Ettore Tito (1859 - 1941) e Guglielmo Ciardi (1842 - 1917). Participa de exposições em Milão, Turim e da Grande Mostra de Artes de Veneza, em 1909. Em 1910, expõe no Salon d'Automne, em Paris, o quadro Velhice Tranquila, s.d., que traz para o Brasil em 1911. Reside em São Paulo, e leciona desenho no Liceu de Artes e Ofícios e posteriormente na Escola Politécnica. Produz retratos, paisagens paulistanas e pinturas de gênero, utilizando tinta a óleo, pastel e carvão. Realiza, entre outras obras, retratos de artistas como Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e Pedro Alexandrino (1856 - 1942). Viaja várias vezes à Itália e pinta telas com temas e paisagens desse país. Em seus quadros, apresenta vistas da cidade de São Paulo, de seus arredores e do litoral paulista. O artista mantém-se à margem das inovações artísticas relacionadas ao movimento modernista durante toda a sua carreira.
Comentário crítico
Enrico Vio produz principalmente retratos, pintura de paisagens e pinturas de gênero. Entre os retratos, destaca-se Velhice Tranquila, s.d. - exposta no Salon d'Automne de Paris, em 1910 -, pelo tratamento sutil conferido ao tema e pelo uso cuidadoso da luz e da gama cromática. Nessa obra evoca a produção de pintores holandeses do século XVII. Em 1922 expõe, entre outras obras, retratos de artistas como Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e Pedro Alexandrino (1856 - 1942).
Realiza vistas da cidade de São Paulo, de seus arredores e também do litoral paulista. Em Parque da Estação da Luz, s.d., e em No Jardim, 1923, apresenta um enquadramento fotográfico, aproximando um detalhe da cena aos olhos do observador. Esses quadros destacam-se pelas pinceladas livres e amplas, carregadas de tinta, e apresentam uma síntese formal e uma gama cromática muito controlada.
Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, o escritor e crítico Monteiro Lobato (1882 - 1948), em artigo de 1918, destaca o naturalismo sensível da produção do artista, a "verdade" com que trata seus temas e sua habilidade técnica. Enrico Vio manteve-se, durante toda a carreira, à margem das inovações artísticas relacionadas ao movimento modernista, e sua obra permanece ainda pouco conhecida e estudada.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Autoria desconhecida
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp)
O Estado de S. Paulo
Livraria Pasquin (São Paulo, SP)
Café Acadêmico (São Paulo, SP)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
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