Título da obra: Máscara [stencil] utilizada na confecção da intervenção Metabiótica 16


Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Metabiótica 8
,
2003
,
Alexandre Órion
Arquivo do artista
Alexandre Órion Criscuolo (São Paulo, São Paulo, 1978). Artista visual, fotógrafo, ilustrador. Em 2004, forma-se em artes visuais pela Faculdade de Educação e Cultura Montessori (Famec), em São Paulo. Inicia carreira com ilustração e direção de arte para publicações e investiga o grafite e a fotografia, linguagens que depois relaciona em intervenções urbanas. Na série fotográfica Projeto Metabiótica, iniciada em 2002 e transformada em livro em 2006, Órion registra transeuntes relacionando-se com grafites que produz nos muros da cidade de São Paulo. Utiliza a técnica do estêncil, em preto sobre muro branco.
Em sua obra, nota-se a influência do artista inglês Banksy (1974), não apenas em relação à poética visual, como também pelo ativismo social e político que provoca. Outras referências declaradas do artista são o hip hop e a cultura do skate.
No Brasil, realiza diversas exposições, como a individual Metabiótica (2004), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e a coletiva Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981-2006 (2007), no Instituto Itaú Cultural. No exterior, participa das exposições Rencontres Parallèles, no Centre d’Art Contemporain de Bass-Normandie, e Amalgames Brésiliens, no musée de l'Hôtel-Dieu, em Mantes-La-Jolie, ambas em 2005, na França. Suas obras obras fazem parte da coleção Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris, Deutsche Bank, em Nova York, e Centrum Beeldende Kunst, na Holanda, entre outras.
A cidade é inspiração e suporte para as obras de Alexandre Órion, e fornece matéria-prima para seus trabalhos. Dois anos depois da inauguração do túnel Max Feffer, em São Paulo, o artista nota que as placas amarelas que revestem as paredes laterais do túnel estão cobertas de fuligem. Surge a ideia de Ossário (2006), obra produzida a partir do processo do “grafite reverso”: desenhos de crânios humanos que se revelam pela limpeza seletiva da matéria preta. Durante as madrugadas de duas semanas, o artista trabalha em 300 metros de extensão do túnel. Depois de alguns embates com policiais e agentes de trânsito – embora não haja qualquer dano ao patrimônio público –, a instalação é “apagada” pela prefeitura. A fuligem retirada é utilizada pelo artista como pigmento para suas obras murais em diversos países.
A reorganização estética-ideológica do espaço urbano é mote para o artista evidenciar questões invisíveis, como a da poluição urbana. Polulografia (2009) é uma série de imagens feitas por meio de uma técnica exclusiva de impressão com a fuligem que se desprende de caminhões. Durante sete dias, o veículo carrega uma estrutura metálica adaptada ao escapamento para a fabricação da imagem.
O vínculo entre discurso, técnica e lugar é marca dos trabalhos de Alexandre Órion. A cidade apresenta ao artista seus significados, ao quais ele acrescenta outros com suas intervenções, e essas desaparecem, resultado da constante transformação urbana.
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Arquivo do artista
Reprodução fotográfica arquivo do artista
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica arquivo do artista
Reprodução fotográfica arquivo do artista
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Cultural Blue Life
Complexo Educacional, Cultural e Esportivo Com. Antônio Carbonari
Itaú Cultural
Oca (São Paulo, SP)
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