Título da obra: Yanomami


Sem Título
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1974
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Claudia Andujar
Foto Eduardo Castanho/Itaú Cultural
Claudia Andujar (Neuchâtel, Suíça 1931). Fotógrafa. Vive na Hungria e depois nos Estados Unidos. Transfere-se para São Paulo em 1957. Dedica-se à fotografia e trabalha para publicações nacionais e internacionais, como as revistas Realidade, Claudia e Life. Também leciona fotografia em vários cursos, entre eles o do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Na década de 1970, compõe a equipe de fotógrafos da Realidade e realiza ampla reportagem sobre a Amazônia. Nessa época, recebe uma bolsa da instituição norte-americana Fundação Guggenheim e, posteriormente, uma outra da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para estudar os índios yanomami. As tradições e o modo de vida dos yanomamis têm sido, desde então, o tema central de sua atividade.
Participa, entre 1978 e 1992, da Comissão pela Criação do Parque Yanomami, e coordena a campanha pela demarcação das terras indígenas. Entre 1993 e 1998, atua no Programa Institucional da Comissão Pró-Yanomami. Publica os livros Amazônia, em parceria com George Love (1937-1995), pela editora Praxis, em 1978; Mitopoemas Yanomami, pela Olivetti do Brasil, em 1979; Missa da Terra sem Males, pela editora Tempo e Presença, em 1982; e Yanomami: A Casa, a Floresta, o Invisível, pela editora DBA, em 1998, entre outros. Em 2005, é lançado o livro A Vulnerabilidade do Ser, pela editora Cosac & Naify.
Em 2015, inaugura a Galeria Claudia Andujar, um pavilhão dedicado a sua obra, no Instituto Inhotim, em Minas Gerais. No mesmo ano, é lançado o documentário A Estrangeira, que traz sua vida enquanto artista e ativista, dirigido pelo curador de seu pavilhão, Rodrigo Moura.
Na década de 1970, Claudia Andujar recebe uma bolsa da Fundação Guggenhein, instituição norte-americana, e posteriormente outra da Fapesp, para estudar os índios yanomani, permanecendo entre eles durante cinco anos. A observação do modo de vida e das tradições yanomani tem sido o fio condutor de sua atividade como fotógrafa desde então.
Em obras expostas na 24ª Bienal Internacional de São Paulo, 1998, apresenta imagens de cor sépia, com grandes intervenções de luz. Atrai a atenção do espectador principalmente para os olhares e gestos dos índios. Os retratos são geralmente realizados contra fundo neutro, incidindo sobre eles a luz, como granulação dourada. Em outros trabalhos, integra em suas fotos a produção de imagens dos próprios yanomamis, como as pinturas rupestres. Publica livros e realiza um documentário acerca de suas pesquisas.
A pesquisadora Stella Senra afirma ao analisar a série de fotografias Marcados, que "enquanto fotógrafa, o nome de Claudia Andujar, está sempre associado ao dos Yanomani. A eles dedicou grande parte de sua obra e de sua vida, sem diferenciar do registro das imagens o esforço para defênde-los das terríveis consequências do contato com o branco"1. Esse comprometimento além da obra fica evidente na atividade de Andujar enquanto ativista.
A fotógrafa participa, entre 1978 e 1992, da Comissão pela Criação do Parque Yanomami, coordenando a campanha pela demarcação das terras indígenas e lutando por seus direitos. Entre 1993 e 1998, atua ainda no Programa Institucional da Comissão Pró-Yanomami.
1 SENRA, Stella. O Último Círculo. In: ANDUJAR, Claudia. Marcados: Clauda Andujar. São Paulo: Cosac Naify, 2009. p. 127.
Foto Eduardo Castanho/Itaú Cultural
Arquivo do artista
Arquivo do artista
Arquivo do artista
Claudia Andujar - Enciclopédia Itaú Cultural
Claudia Andujar se considera uma fotógrafa humanista. Conhecer e compreender o outro é o principal objetivo de seu trabalho. Na década de 1970, ela entra em contato com a tribo indígena ianomâmi e abandona o fotojornalismo para se dedicar a um extenso trabalho de pesquisa com os índios na Amazônia. “Encontrei uma população muito sincera”, observa. Seu trabalho pressupõe uma relação de confiança com o retratado, que permite que ela traduza em imagens a percepção e a compreensão do universo de seus personagens. A necessidade de se expressar surge ainda na infância, quando Claudia começa a escrever poemas, para mais tarde passar para a pintura e, só depois, à fotografia. “Na pintura, eu me fechava. Na fotografia, eu me abri”, explica.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Galeria Prestes Maia
George Eastman House (Rochester, Estados Unidos)
Limelight Gallery (Nova York, Estados Unidos)
The Museum of Modern Art (MoMA)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Kunsthaus Zürich
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Memorial da América Latina
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Kunsthaus Zürich
FotoFest (Houston, Estados Unidos)
Museu da Imagem e do Som (São Paulo, SP)
Museo Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires, Argentina)
Museo de Arte Contemporáneo de Caracas Sofía Imber (Caracas, Venezuela)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Fundação Bienal de São Paulo
Itaú Cultural
Fundação Bienal de São Paulo
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