Título da obra: Paço Municipal em 1628


Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Paisagem de Minas
,
1932
,
Wasth Rodrigues
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
José Wasth Rodrigues (São Paulo, São Paulo, 1891 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1957). Pintor, desenhista, ceramista, ilustrador, historiador e professor. Estuda com Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre 1908 e 1909, em São Paulo. Em 1910, como pensionista do governo do Estado, viaja para Paris. Matricula-se na Académie Julian, onde estuda com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921), e na École National des Baux-Arts freqüenta as aulas de Lucien Simon (1834 - 1910) e Nandi. Retorna a São Paulo em 1914 e, dois anos depois, inaugura com Georg Elpons (1865 - 1939) e William Zadig (1884 - 1952) um curso de desenho e pintura. Em 1917, realiza com Guilherme de Almeida (1890 - 1969) o brasão da cidade de São Paulo. Por volta de 1918, inicia estudos sobre história colonial, e é um dos pioneiros na análise sistemática das atividades artísticas praticadas nesse período. Na década de 1920, cria painéis decorativos para os quatro monumentos que ornamentam a Calçada do Lorena e a estrada velha de Santos. Em 1932, integra o grupo de fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM. Realiza ilustrações para diversos livros, entre eles Urupês, de Monteiro Monteiro Lobato (1882 - 1948), Uniformes do Exército Brasileiro 1720-1922, de Gustavo Barroso (1888-1959), Brasões e Bandeiras do Brasil, de Clóvis Ribeiro (1933), e Vida e Morte do Bandeirante, de Alcântara Machado (1875 - 1941). Entre 1935 e 1936, realiza projeto para a restauração dos bancos e das grades de ferro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto. De sua autoria são publicados os seguintes estudos: Documentário Arquitetônico Relativo à Antiga Construção Civil no Brasil (1945), Mobiliário do Brasil Antigo e Evolução de Cadeiras Luso-Brasilieras (1958).
Wasth Rodrigues estuda pintura com Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre 1908 e 1909. Realiza sua primeira exposição individual em 1910 e recebe do governo do Estado pensão para se aperfeiçoar na Europa. Em Paris, estuda na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921) e na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], com Lucien Simon (1861 - 1945) e Nandi. Freqüenta o café La Rotonde, onde tem contato com artistas como Mugnaini (1895 - 1975), Alípio Dutra (1892 - 1964), Monteiro França (1875 - 1944) e José Marques Campão (1892 - 1949). Trava amizade também com o pintor Amedeo Modigliani (1884 - 1920).
Retorna ao Brasil devido ao início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), e fixa residência em São Paulo. Em 1916, expõe na cidade os trabalhos feitos na França e também suas novas paisagens, muitas delas realizadas em cidades no interior do Estado de São Paulo. Como aponta a estudiosa Ruth Tarasantchi, várias das telas ambientadas em São Paulo são composições com colinas suaves ao fundo, trechos de rio no primeiro plano e arbustos refletidos nas águas tranqüilas, que transmitem impressão de grande calma.
Nesse mesmo ano, Wasth Rodrigues cria um curso de arte com o pintor Georg Elpons (1865 - 1939) e com o escultor William Zadig (1884 - 1952), e dá aulas de pintura à noite. Viaja para Minas Gerais, e realiza trabalhos em aquarelas e bicos-de-pena, nos quais apresenta com riqueza de detalhes trechos da arquitetura colonial. Em paralelo, torna-se grande estudioso do assunto. Em 1921, percorre o norte do país, Bahia e Pernambuco. Seu interesse pela paisagem nacional desperta o interesse de Monteiro Lobato (1882 - 1948), que escreve sobre suas obras no jornal O Estado de S. Paulo e o convida a ilustrar a recém-lançada Revista do Brasil. Em 1918, cria a capa do livro Urupês, de Monteiro Lobato, a primeira das muitas que realizou.
Rodrigues faz retratos de personagens históricos como, por exemplo, o de João Ramalho e Martim Afonso de Souza e pinta diversas vistas da cidade de São Paulo, com base em desenhos e aquarelas realizados por viajantes que aqui estiveram no século XIX, principalmente por Hercule Florence (1804 - 1879). Os quadros foram encomendados, nas primeiras décadas do século XX, pelo diretor do Museu Paulista da Universidade de São Paulo - MP/USP, Affonso de Escragnolle Taunay, integram o acervo dessa instituição e ajudam a construir o imaginário do bandeirante paulista.
Ele trabalha também com pintura sobre azulejos, destacando-se as obras que faz para o obelisco do largo da Memória, em São Paulo, e para os monumentos existentes no Caminho do Mar, estrada tradicional entre Santos e São Paulo.
Wasth Rodrigues cria muitos ex-libris e brasões, como por exemplo o da cidade de São Paulo, em 1917, com Guilherme de Almeida (1890 - 1969), e também o do Estado, em 1932. Destaca-se ainda por seu trabalho como historiador, deixando várias publicações voltadas à documentação arquitetônica da construção civil e religiosa e obras sobre mobiliário antigo, indumentária, insígnias e armas militares.
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp)
Palacete Prates (São Paulo, SP)
Palácio das Arcadas (São Paulo, SP)
Comisión Municipal de Belas Artes de Rosario (Rosário, Argentina)
Palacete Campinas (São Paulo, SP)
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