Artigo sobre As Ventoinhas

João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1881 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1921). Cronista, contista, dramaturgo, jornalista. Filho do matemático positivista Alfredo Coelho Barreto e da dona-de-casa Florência Cristóvão dos Santos Barreto. Inicia a carreira no jornalismo em 1899, e colabora, entre 1900 e 1903, em publicações como O Paiz, O Dia, Correio Mercantil, entre outros, com diferentes pseudônimos. Na Gazeta de Notícias, assina pela primeira vez, em 26 de novembro de 1903, um artigo, O Brasil Lê, com o pseudônimo com o qual se torna conhecido, João do Rio. Negro, assume uma posição de dândi embranquecido nos meios literários, o que provoca séria polêmica com Lima Barreto (1881-1922), também negro, mas de comportamento 'engajado', que o retrata de modo caricato no romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) no personagem Raul de Gusmão. João do Rio estreia na literatura em 1904, com o livro As Religiões do Rio, uma coletânea de reportagens publicadas na Gazeta de Notícias. É eleito para a cadeira número 26 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1910. Como um flâneur, ele observa as transformações do Rio de Janeiro de então. Na introdução de A Alma Encantadora das Ruas (1908), diz: "Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem". É essa síntese que alimenta sua obra, fundindo a reportagem e a crônica num gênero único e pouco comum, inventando a imagem do Rio de Janeiro da belle époque.
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Casa da Glória
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