Título da obra: Clementina de Jesus


Digitalizado a partir do original
Madalena Schwartz
,
ca. 1985
Reprodução fotográfica arquivo do artista
Magdalena Isabel Mandel de Schwartz (Budapeste, Hungria, 1923 - São Paulo, São Paulo, 1993). Fotógrafa. Em 1934, emigra com a família para Buenos Aires. Muda-se para São Paulo em 1960 e passa a administrar uma tinturaria na rua Nestor Pestana, nº 16, tradicional reduto da classe teatral paulistana. Começa a estudar fotografia no Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB) em 1966. No ano seguinte, ganha menção honrosa no 1° Salão Nacional de Arte Fotográfica de São Carlos, São Paulo. Na década de 1970, publica fotografias nas revistas Iris, Planeta, Claudia, Status, entre outras. Faz sua primeira exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), em 1974. Entre 1979 e 1991, trabalha para a Rede Globo de Televisão, além de colaborar regularmente com a Editora Abril. Em 1983, recebe o prêmio de melhor fotógrafo da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Nos últimos anos de sua vida, debilitada fisicamente, dedica-se à escultura. Conhecida por fotografar personalidades do meio artístico e cultural brasileiro, tem também um ensaio sobre o mundo dos travestis. Recebe homenagem póstuma em 1997 com a publicação do livro Personae, com retratos de sua autoria selecionados pela fotógrafa Maureen Bisilliat (1931). Seu acervo, composto de cerca de 16 mil negativos em preto-e-branco e 450 cromos, é adquirido em 1998 pelo Instituto Moreira Salles (IMS).
A fotógrafa Madalena Schwartz imigra para a Argentina em 1936, onde reside até a década de 1960, quando fixa residência no Brasil. Enfrenta as vicissitudes ligadas à vida de imigrante e tem a possibilidade de dedicar-se à fotografia somente após os 45 anos de idade. Inicialmente, tem sua formação orientada pelos cursos do Foto-Cine Clube Bandeirante, realizados na metade da década de 1960. Como nota seu filho, o crítico literário Jorge Schwartz (1944), a fotógrafa revela uma forte atração pelo que a arte representa como alternativa ao mundo cotidiano e pela possibilidade de explorá-lo a partir de uma nova perspectiva.
Em sua produção destaca-se o registro de artistas plásticos, músicos e intelectuais brasileiros, como as fotos de Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) e seu filho Chico Buarque (1944), de Clarice Lispector (1925-1977), Jorge Amado (1912-2001) ou Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), um retrato particularmente melancólico, de 1982. Além disso, possui um fascínio pelo mundo do teatro e registra um universo ligado a travestis e transformistas, intensamente retratados. Como aponta ainda Jorge Schwartz, a aprendizagem do claro-escuro, da iluminação, tão bem explorada em suas fotos, é fruto do trabalho junto ao meio teatral paulista durante os anos 1960.
Na opinião do estudioso de fotografia Rubens Fernandes Junior, Madalena Schwartz, essencialmente retratista, possui uma produção que revela uma carga dramática diferenciada e uma intencionalidade na direção da cena que evidenciam a singularidade e a qualidade de seu trabalho. Utiliza frequentemente uma luz direta e sem artifícios, que enfatiza o contraste entre preto e branco e os elementos significativos dos ambientes, em perfeita sintonia com os retratados.
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Reprodução fotográfica arquivo do artista
Foto Cine Clube Bandeirante (São Paulo, SP)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Fotóptica
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Espaço Cultural SOS Sul
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Centro Cultural de Belo Horizonte
Museu da Imagem e do Som (São Paulo, SP)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Espaço Porto Seguro de Fotografia
Shopping JK Iguatemi
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