Título da obra: Estádio do Pq. Antártica - Palmeiras x Guarani


Visita do Papa João Paulo II
,
1980
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Pedro Martinelli
Biografia
Pedro José Martinelli (Santo André SP 1950). Fotógrafo. Inicia a carreira como repórter fotográfico na Gazeta Esportiva, em 1967, e no Diário do Grande ABC, em 1968. Em 1970, trabalha nos jornais O Globo e Última Hora, no Rio de Janeiro. Nessa época documenta a expedição Kranhacãrore, chefiada pelos irmãos Cláudio Villas-Boas e Orlando Villas-Boas, que realiza o primeiro contato com essa tribo de "índios gigantes". É editor de fotografia da revista Veja, entre 1976 e 1983 e diretor de serviços fotográficos da Editora Abril de 1983 a 1994. Nesse período, faz trabalhos avulsos para revistas de moda e de turismo. A partir de 1994, trabalha como fotógrafo independente, dedicando-se à série O Homem na Amazônia, publicada pela Folha de S. Paulo no ano seguinte. É premiado em diversas ocasiões: 1º lugar no concurso Retratos do Brasil da revista Realidade, 1972; 2º lugar na Nikon Photo Contest International,1975; Prêmio Abril de melhor capa, 1977; prêmio Abril de melhor reportagem, 1981, entre outros. Em 1996, é contemplado com a Bolsa Vitae de fotografia, ano em que recebe o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria informação científica, tecnológica e ecológica. Além de figurar em diversas obras coletivas, é autor dos livros Casas Paulistanas, 1998; Panará, a Volta dos Índios Gigantes, 1998; Amazônia, o Povo das Águas, 2000; e Mulheres da Amazônia, 2003. Realiza individual no Memorial da América Latina, em São Paulo, em 2004.
Comentário crítico
O caráter documental parece ser a face mais flagrante da obra de Pedro Martinelli. Durante muitos anos a serviço do trabalho jornalístico, a lente do fotógrafo acompanha os principais acontecimentos da vida nacional: esportes (Copas do Mundo e Olimpíadas); política (personalidades e momentos relevantes); fatos extraordinários (implosão do Edifício Mendes Caldeira e incêndio no Edifício Joelma); aspectos do cotidiano das cidades etc. O conjunto dessa produção fotojornalística deixa entrever a preferência pela figura humana, sobretudo pelo homem pobre, pelo mundo do trabalho no campo e nas cidades, pelas manifestações políticas (greves e movimento estudantil).
O documento que a câmera engajada do artista traz à tona tenta captar faces menos evidentes da história nacional, aquelas relacionadas às camadas populares, a operários, índios, caboclos etc. O que é fotografia? "Um documento. Como a carteira de identidade (...). É fundamentalmente memória, principalmente no Brasil, onde existem muitas coisas a serem contadas", diz ele. Falar sobre o país obriga a percorrê-lo. Com esse intuito inicia as viagens pela Amazônia na década de 1970, em parceria com indigenistas e antropólogos. Aí, o fotógrafo procura romper com clichês usuais da fauna, flora e índios da região, voltando-se para o cotidiano dos homens e mulheres que "vivem das águas". A preferência pelo preto-e-branco relaciona-se à convicção de que "a cor ilude imediatamente pelo simples fato de ser cor". Além disso, o p&b permite um trabalho específico com a luz: "Se errar a luz vou ter uma péssima imagem".
Museu da Imagem e do Som (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Museu da Imagem e do Som (São Paulo, SP)
Museo Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires, Argentina)
Museo de Arte Contemporáneo de Caracas Sofía Imber (Caracas, Venezuela)
Itaú Cultural
Paço Imperial
Itaú Cultural (Campinas, SP)
Galeria da Residência (Belém, PA)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP)
Museu Nacional
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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