Artigo sobre Leila Pugnaloni

Museu Guido Viaro
Leila Maria de Abreu Pugnaloni (Rio de Janeiro RJ 1956). Pintora, escultora e desenhista. Inicia seus estudos em arte em 1976, com o curso de história da arte e desenho no Atelier do Museu Alfredo Andersen, em Curitiba. Estuda na Escola de Música e Belas Artes do Paraná entre 1978 e 1980, e em 1979 freqüenta a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), no Rio de Janeiro. É aluna do curso de gravura em metal no The Art Students League of New York, em 1982. No ano seguinte cursa litografia e gravura em metal na Casa da Gravura do Solar do Barão, na Fundação Cultural de Curitiba. Em 1985 ilustra a publicação Rimagens, com texto da poetisa Alice Ruiz (1946). Também trabalha como orientadora do curso livre de desenho da figura humana no Museu Alfredo Andersen (MAA), no Museu Guido Viaro e no Serviço Social do Comércio - Sesc de Curitiba. Em 1988 orienta cursos de desenho no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) e de desenho para crianças no Ateliê Pró-Criar. Em 1995 é lançado o vídeo Leila Pugnaloni, Tom, Luz e Cor, produzido pela Fundação Cultural de Curitiba, com direção de Cido Marques. No ano seguinte é fundada a Escola de Arte Leila Pugnaloni, e no mesmo ano a artista é nomeada membro titular do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Paraná. Em 2003 é publicado o livro Leila Pugnaloni, O Passeio do Olhar, com autoria de Fernando Bini. Integrante dos grupos de arte Convergência e Bicicleta, ao longo de sua carreira Leila Pugnaloni realiza mais de vinte exposições individuais e participa de mais de quarenta mostras coletivas. O trabalho da artista ilustra vários livros, jornais e revistas.
No início de sua produção, Leila Pugnaloni faz desenhos a nanquim com sinais gráficos e figuras femininas, revelando a influência de Henri Matisse (1869-1954). Produz também pinturas a guache ou acrílico sobre papel, como Brasília (1984), em que experimenta com a cor. Aos poucos a figura humana dá lugar às primeiras abstrações e as paisagens tendem à simplificação dos elementos. A artista adota um desenho mais livre e busca um máximo de expressão com um mínimo de recursos gráficos. Essa procura resulta na série de pinturas Alphavelas, na qual trabalha a cidade como uma teia de estranhezas, precariedades e tensões físicas e humanas, segundo o crítico Paulo Herkenhoff. Desta série fazem parte as telas Nível (1988) e Paralelo (1989), entre outras. Ganha força, na obra de Pugnaloni, o diálogo com o neoconcretismo, como atesta a obra Cidade Azul (1989). Desde o início dos anos 1990, a artista produz obras que revelam afinidade com a produção de Willys de Castro (1926-1988), como Módulos de Cor (1994). Pugnaloni utiliza um sistema geométrico colorido e as formas empregadas são neutras: linhas, quadrados, múltiplos de quadrados, que estruturam o campo pictórico sem criar motivos. Esses trabalhos situam-se entre a pintura e a escultura, pois tendem a avançar para fora do plano. No fim da década de 1990 produz a série de Jujus: peças de madeira recortadas nas mais variadas formas, cobertas com tinta fosca ou fosforescente e fixadas na parede. A influência de Matisse - nas formas simples e nas cores - torna-se novamente visível.
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