Título da obra: Menina com Boneca


Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Interior com Menino Brincando
,
1891
,
Aurélio de Figueiredo
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Francisco Aurélio de Figueiredo e Mello (Areia, Paraíba, 1854 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1916). Pintor, caricaturista, desenhista, escultor, escritor. Freqüenta, ainda adolescente, a Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, no Rio de Janeiro, sob a orientação de seu irmão, o pintor Pedro Américo (1843 - 1905), e de Jules Le Chevrel (ca.1810 - 1872). Em 1871, publica suas primeiras caricaturas em A Comédia Social. Colabora também como caricaturista na Semana Ilustrada, de 1873 a 1875, com séries temáticas, como Os Mistérios de Todos os Dias na Côrte, de 1874. Viaja para a Europa e reside em Florença, entre 1876 e 1878. Nessa época, trabalha no ateliê do irmão e estuda com Antonio Ciseri (1821 - 1891), Nicolò Barabino (1832 - 1891) e Stefano Ussi (1822 - 1901), todos pintores de história, gênero e retrato. Retornando ao Brasil, colabora, entre 1878 e 1879, com o periódico Diabo Coxo, no Recife. Nos anos 1880, visita outros países europeus e participa de várias edições da Exposição Geral de Belas Artes. Torna-se conhecido pelos quadros Francesca da Rimini, de 1893, e Último Baile da Ilha Fiscal, 1905. Produz também retratos, naturezas-mortas, cenas de gênero e paisagens. Sua produção é apresentada em duas exposições individuais: a primeira em 1912, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, e a segunda, póstuma, em 1956, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro.
Aurélio de Figueiredo estuda pintura na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba com Jules le Chevrel e com Pedro Américo, seu irmão. A partir da década de 1870, trabalha para publicações como A Comédia Social e Semana Ilustrada. Para o historiador Herman Lima, essas caricaturas se destacam pelo traço vigoroso e elegante, pelo desenho correto e limpo e pela composição harmônica.
Concluído o curso da Academia, viaja para Florença, na Itália, onde permanece entre 1876 e 1878. De volta ao Rio de Janeiro, realiza ainda freqüentes viagens à Europa e tem intensa atividade como pintor, expondo em sucessivos salões.
Torna-se conhecido principalmente como pintor de história, com obras como Francesca da Rimini (1883) e Último Baile da Ilha Fiscal (1905). Entretanto, como aponta o crítico Gonzaga Duque (1863-1911), em sua produção de pequeno formato, como nos quadros de gênero e nas paisagens, revela-se mais inovador: "Nos pequenos quadros de gênero, nas alegorias, nas fantasias a pincel, o talento de Aurélio tem uma feição característica. Vê-se que todo o trabalho é espontâneo e rápido. Nos traços, os mais simples, conhece-se a mão sempre ligeira e leve do artista; nos toques, os mais insignificantes, o pincel passa com a mesma facilidade".1 Como nota ainda o historiador da arte Luciano Migliaccio (1960), em obras como O Copo d´Água (1893) o artista trata a cena de gênero com uma sensibilidade simbolista, que antecede certas obras de Eliseu Visconti (1866-1944).
1 DUQUE, Gonzaga. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995, p. 190.
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Pavilhão dos Estados
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Fundação Bienal de São Paulo
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