Artigo sobre Prêmio Leirner de Arte Contemporânea

Galeria de Artes das Folhas
A Galeria de Arte das Folhas (ou da Folha) é criada em 1957 por iniciativa do industrial Isay Leirner (1903-1962), um dos diretores do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), com apoio do Grupo Folha, responsável, entre outros, pelo jornal Folha de S. Paulo. A ideia de criação da galeria nasce de desavenças na 4ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1957. Flávio de Carvalho (1899-1973), excluído da mostra, denuncia parcialidade por parte da comissão organizadora que, segundo ele, teria privilegiado os concretistas e descartado a arte figurativa de modo geral. Por causa do episódio, Isay Leirner promove a mostra 12 artistas de São Paulo, no saguão do edifício do jornal, na alameda Barão de Limeira, que marca a inauguração de um espaço dedicado às artes visuais, fruto de clara contraposição à Bienal.
Se o nascimento da galeria é motivado por um acontecimento específico, sua criação deve ser entendida como parte de um movimento maior de ampliação do mercado de arte no Brasil, que remonta à segunda metade da década de 1940 e à abertura de galerias comerciais de arte, nas principais cidades brasileiras. Da exposição inaugural da Galeria de Arte das Folhas participam, entre outros, Flávio de Carvalho, Felícia Leirner (1904-1996), Bonadei (1906-1974), Darcy Penteado (1926-1987), José Antônio da Silva (1909-1996), Moussia (1910-1986), Jacques Douchez (1921-2012) e Flexor (1907-1971).
A galeria começa a funcionar tendo como diretores Isay Leirner e o escritor e crítico de arte José Geraldo Vieira (1897-1977) - atuante na Folha de S. Paulo e na revista Habitat -, assessorados por um conselho de artistas e críticos. Além de exposições periódicas de artistas nacionais e estrangeiros, o espaço se notabiliza pelo Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, concedido anualmente, e por meio do qual são adquiridas obras, doadas para diversos museus brasileiros. São contemplados com o prêmio os artistas Franz Weissmann (1911-2005), Tomie Ohtake (1913-2015), Manabu Mabe (1924-1997), e muitos outros.
Em sua atividade relativamente curta, de 1957 a 1961, a Galeria da Folha revela novos nomes como Franz Weissmann, Nelson Leirner (1932) e Regina Silveira (1939). Expõe em seus quatro anos de existência obras de Maria Helena Andrés (1922), Mário Silésio (1913-1990), Di Cavalcanti (1897-1976), Willys de Castro (1926-1988), Hermelindo Fiaminghi (1920-2004). Embora seu nascimento seja marcado pela defesa da arte figurativa - que nos anos de 1950 parece ameaçada pela entrada dos diversos abstracionismos no país - a galeria acaba conhecida como um espaço de apoio e divulgação de artistas ligados ao abstracionismo informal e lírico.
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