Título da obra: Intimidade II


Reprodução Fotográfica Autoria desconhecida
Intimidade I
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s.d.
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Alfredo Andersen
Histórico
O Museu Alfredo Andersen - MAA, o nome indica, é criado para reunir, catalogar e divulgar a obra do pintor norueguês, radicado em Curitiba a partir do ano de 1902, Alfredo Andersen (1860 - 1935), considerado o "pai da pintura no Paraná". Situa-se na casa onde o artista reside e mantém o seu ateliê, entre 1915 e 1935, na atual rua Mateus Leme nº. 336, na capital paranaense. A história da criação do Museu está ligada à atuação dos familiares e discípulos do pintor - sobretudo de seu filho, também pintor Thorstein Andersen (1905 - 1964) -, que criam uma Sociedade de Amigos de Alfredo Andersen, com o intuito de preservar a obra e memória do artista. Em 1947, é apresentada à Assembléia Legislativa Estadual uma proposta de criação do museu, que é instalado efetivamente em outubro de 1959 como Casa de Alfredo Andersen - Escola e Museu de Arte. Em 1971, o edifício que abriga o Museu é tombado como monumento pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná, passando a denominar-se, em 1979, Museu Alfredo Andersen, ligado à Secretaria da Cultura do Estado do Paraná. Em 1988 o Museu passa por um processo de revitalização e ampliação de sua sede, sendo reaberto ao público no ano seguinte. Em 1990, é construído um prédio contíguo para abrigar o setor técnico e o ateliê de arte. Nesse mesmo ano, o Centro Juvenil de Arte - criado por Guido Viaro (1897 - 1971) em 1953 - é anexado à estrutura do Museu. Em 1999, são inauguradas a Biblioteca Max Conradt Jr. e mais três salas de exposição.
Há no Museu diferentes setores: o Ateliê de Arte, que oferece cursos e oficinas para adultos e jovens a partir dos 15 anos; o Setor de Pesquisa, Arquivo e Documentação; a Biblioteca; o Setor de Arte-Educação, voltado para as escolas e que edita a revista Andersen para Crianças; e o Centro Juvenil de Artes Plásticas. A vocação educativa aparece expressa nas várias atividades formativas que o Museu desenvolve visando, sobretudo, aos públicos infantil e infanto-juvenil. Um programa educativo para terceira idade é levado a cabo especificamente por meio do projeto Chá com Andersen. A destacada face educacional do Museu se relaciona de perto com as atividades do próprio Andersen que, desde o momento de sua chegada a Curitiba, atua como professor de arte, fundando e dirigindo diversas escolas, entre elas a Escola de Desenho e Pintura, que funciona de 1902 a 1915, e a Escola de Artes e Indústrias, que ele dirige a partir de 1909. Além disso, Andersen leciona desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense.
O acervo do Museu é composto fundamentalmente pelas obras de Andersen (pintura, escultura e cerâmica), que são expostas em mostras de longa duração, e por seus objetos pessoais e de trabalho. Além disso, são realizadas exposições periódicas de trabalhos dos discípulos do pintor (as chamadas Séries de Discípulos e Amigos de Andersen), alguns deles autores de obras pertencentes ao acervo do Museu: Gustavo Kopp (1891 - 1933), Estanislau Traple (1898 - 1958), João Ghelfi (1890 - 1925), Lange de Morretes (1892 - 1954), entre outros. Exposições temporárias dedicadas a artistas diversos - por exemplo, pinturas de Theodoro de Bona (1904 - 1990), em 1981; desenhos de Leila Pugnaloni (1956), em 1996; e trabalhos diversos de Gilberto Salvador (1946), em 2001 - têm lugar periodicamente, assim como exposições coletivas temáticas. O Museu realiza uma Semana Andersen, a cada ano, por ocasião das comemorações do aniversário do pintor, com exposições, apresentações teatrais e filmes. O Salão Nacional de Cerâmica, com premiações para várias áreas dessa atividade (design, popular etc.), é outra das atividades regulares da instituição.
A obra e atuação de Andersen deixam fortes marcas na cena artística paranaense até os anos 1950. A história do Salão Paranaense - evento tradicional da cidade, desde 1944 - é um dos indícios da proeminência assumida por Andersen e por seus discípulos, que definem o gosto e o debate local pela defesa de uma arte realista convencional, afastada dos debates sobre arte moderna levados a cabo no Rio de Janeiro e em São Paulo. As palavras do escritor Dalton Trevisan (1925), no nº. 7 da revista Joaquim (dezembro de 1946) - que tem papel decisivo na renovação artística da cidade - são reveladoras do embate que a arte moderna no Paraná trava com a obra acadêmica de Andersen. Diz ele: "Já se disse que se pode elogiar Viaro sem desmerecer Andersen. Pois este é um ponto preciso: não se pode (....). Se houve um tempo em que era de bom tom admirar Alfredo Andersen, agora é necessário exorcizar a sua sombra". Passados os debates acalorados dos anos de 1940 e 1950, a arte moderna e contemporânea parecem conviver com a arte convencional de Alfredo Andersen e de seus seguidores, incorporadas como parte fundamental da história das artes plásticas no Paraná.
Reprodução Fotográfica Autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
Museu Alfredo Andersen
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